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Inflação da baixa renda pode ser o dobro do índice geral no ano

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mensura a inflação na população de baixa renda (entre um e 2,5 salários mínimos), pode terminar o ano de 2008 com taxa duas vezes maior do que a apurada pelo IPC-BR, que mede a evolução de preços nas famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos. A possibilidade foi admitida nesta segunda-feira, 7, pelo economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz.

Segundo o economista, em 12 meses até junho, a taxa do IPC-CI já acumula elevação de 9,11%. No mesmo período de comparação, o IPC-BR registra alta de 5,96%. "A distância entre os dois índices está aumentando, e isso pode continuar", admitiu ele.

Braz comentou que, nos próximos meses, alguns fatores podem contribuir para impulsionar o IPC-CI. É o caso dos preços das carnes, por exemplo. De acordo com o economista, os preços das carnes bovinas acumulam elevação de 44,13% em 12 meses até junho. Esse desempenho deve-se principalmente a aumentos de preços em carnes de segunda, mais consumidas entre a população de baixa renda.

É o caso das taxas de inflação acumuladas, em 12 meses até junho, nos preços de costela (50,51%); acém (59,39%); carne moída (47,19%); fígado (48,23%); músculo (46,23%); e paleta (65,27%). "Todas essas variações foram acima da média mensurada pelo total de carnes bovinas", afirmou. "Já há uma oferta menor de carnes para abate. Além disso, aumentou a exportação de carnes de segunda - o que diminuiu ainda mais a oferta", comentou.

Outro fator que deve ser considerado, na avaliação do economista, é a influência dos reajustes na tarifa de energia elétrica em diversos estados. No ano passado, esses reajustes foram negativos; isso não deve ocorrer esse ano, e as capitais devem sentir o impacto de aumentos na tarifa de energia - sendo que esse item é de grande peso no cálculo do IPC-CI.

Porém, ele considerou que, se a inflação medida pelo IPC-CI em 2008 realmente se posicionar com taxa duas vezes superior à taxa do IPC-BR, o destaque será a movimentação de preços dos alimentos. A inflação acumulada no primeiro semestre, (ou seja, de janeiro a junho) medida pelo IPC-CI, ficou em 5,97% - sendo que 77% do total desse resultado é originado do setor de alimentação. Essa taxa acumulada anual é a maior da série histórica do índice, iniciada em 2004. (Fonte: AE)

Fonte: DIAP

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