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Mulheres avançam no mercado de trabalho

O número de mulheres no mercado formal de trabalho no Paraná cresceu 22% entre 2001 e 2006. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o contingente feminino saltou de 1,944 milhão para 2,372 milhões. O índice é superior ao número de homens empregados no mercado formal - que aumentou 9,17% nos últimos cinco anos. No mesmo período, a média de pessoas formalmente empregadas no Estado também subiu - 14,46% - de 4,724 em 2001 para 5,407 milhões em 2006. Na região metropolitana da maior cidade do país, São Paulo, o contingente feminino no mercado de trabalho cresceu 46,4% entre 1996 e 2006. Em dez anos, o número de mulheres empregadas passou de 2,8 para 4,1 milhões.

Em Londrina, não existem números sobre a participação feminina no mercado formal. A Agência do Trabalhador (Sine) não faz o recorte de gênero, nem salário nos anúncios de vagas de emprego. Porém, além de mais escolarizadas, o gerente do Sine, Rogério Gonçalves, constata o avanço feminino em nichos antes essencialmente masculinos. '' Um supermercado da cidade está dando preferência por contratar açougueiras'', exemplifica.

Segundo o gerente de indicadores sociais do IBGE, João Belchior, não é possível destacar um motivo específico para o aumento, mas ele acredita que haja relação com o crescimento da participação da mulher na sociedade como um todo. ''Ainda estamos em busca das razões'', afirma.

Para o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Estado de São Paulo (ABRH-SP), Vicente Teixeira, a mudança cultural é o primeiro fator a ser considerado. Ele afirma que ficou no passado o arranjo familiar em que a mulher cuidava dos filhos e o homem saía para trabalhar. Na opinião dele, elas também buscam sua independência financeira. ''As mulheres chegaram à conclusão de que, além do papel de mães, também têm um espaço profissional'', diz. Teixeira acredita que outra razão para o aumento das mulheres como força de trabalho esteja relacionada ao fato de que o mercado é cheio de altos e baixos, o que torna arriscado deixar o sustento da casa nas mãos de uma só pessoa.

Na opinião da coordenadora técnica da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), economista Lúcia Garcia, a inclusão de um número expressivo de mulheres no mercado de trabalho é reflexo de um movimento produtivo com início na década de 1980. Essa nova organização familiar fez com que a mulher deixasse as funções de dona-de-casa e buscasse outro trabalho para ajudar no sustento da casa. Segundo a economista, hoje, além de atuar em setores que ela qualifica como tradicionalmente femininos, como saúde, educação e emprego doméstico, as mulheres abrem espaço em outros campos profissionais, como a construção civil.

Fonte: Folha de Londrina

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