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'Presidente não pode mentir', diz Lula sobre números do PAC

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quarta-feira, 19, durante a cerimônia de comemoração de um ano de criação da sala de situação do Programa de Aceleração do crescimento (PAC), o fato de alguns ministros apresentarem a ele dados imprecisos sobre obras. Segundo ele, alguns ministros lhe passam informações de projetos que já estariam praticamente concluídos quando, na verdade, estão com obras atrasadas.

Disse que, a partir de agora, só vai se referir a número quando este tiver sido encaminhado por escrito e com a assinatura do ministro da área. "Qualquer um pode passar por mentiroso, menos o presidente da República", afirmou.

A irritação do presidente com dados imprecisos tinha foco nas constantes mudanças na sua agenda. Até terça, informou, estava tudo certo que nesta quinta ele iria a Curitiba para fazer o lançamento de uma obra. No final do dia de terça, porém, recebeu a informação de que o projeto ainda está em andamento, o que levou a Presidência da República a cancelar a viagem. "Quem marca a minha agenda está cansado", contou.

O presidente admitiu que o PAC tem problemas mas afirmou: é "a coisa mais bem engendrada que fizemos no País do ponto de vista da administração pública". No discurso de improviso para cerca de 100 técnicos do governo, o presidente pediu pressa na execução das ações. Disse que tem vontade de ir de mesa em mesa para ver o que está emperrando este ou aquele projeto. "Temos de aproveitar esta maré de bonança", afirmou. Pediu empenho a todos para continuar os projetos do PAC. "Vamos cobrar muito mais", disse acrescentando que cada real do PAC tem que ser bem gasto.

Mais elogios a Dilma

Lula  voltou a elogiar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e justificou a razão de tê-la chamado de "mãe do PAC", em discurso no Rio de Janeiro há quase duas semanas.

"Companheira Dilma, eu disse que você era a mãe do PAC porque vejo o esforço que você e sua equipe fazem para coordenar isso. Sei quantas vezes você tem brigado com os seus companheiros ministros. Sei o quanto você é obrigada a dizer 'não pode gastar tanto, só pode gastar isso'. Os companheiros precisam compreender: Às vezes um capitão de um time é obrigado a xingar um jogador do próprio time que não está suando a camisa direito", afirmou.

Lula voltou a afirmar que o PAC não é um programa do presidente: "é um programa para este País, para as próximas gerações".

O presidente reclamou ainda dos que dizem que ele tem sorte. Disse, porém, que foi sorte não ter lançado o PAC em 2006, antes das eleições, como estava programado. "O PAC poderia ter se transformado em um desastre se tivesse sido lançado antes das eleições. Tivemos sorte. Fizemos uma coisa inédita que foi construir uma boa cumplicidade com os governos estadual, federal e municipal para que o dinheiro não fosse usado com critérios políticos. E conseguimos".

Mencionou ainda o fato de muitos servidores terem medo de liberar projetos para, posteriormente, não correrem o risco de verem seus bens bloqueados. Defendeu que seja desemperrada a máquina pública. Citou a importância da sala de situação do PAC onde todos os ministérios se sentam, permitindo que os projetos sejam liberados em conjunto, num prazo menor.

Fonte: Estadão

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