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Bovespa aproveita cenário externo positivo e sobe 1,4%; cautela permanece

O mercado financeiro teve um "dia de respiro" nesta segunda-feira, puxado principalmente pelo noticiário externo. A expectativa, segundo analistas, no entanto, é que o movimento seja pontual e que as negociações não devem se manter em patamares elevados, ainda sob a influência e os temores da crise de crédito dos Estados Unidos.

O Ibovespa, índice que reúne as principais ações negociadas na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), chegou a avançar mais de 3% no pregão de hoje, mas reduziu o ímpeto no fechamento, para alta de 1,4%, aos 59.812 pontos. O giro de negócios ficou em R$ R$ 4,8 bilhões. O risco-país recuava 6,87%, para 271 pontos. O dólar comercial fechou em alta de 0,8%, vendido a R$ 1,747.

"A Bolsa exagerou na recuperação. A ausência de indicadores negativos, o patamar mais atraente de compra de ações, após a queda dos valores na semana passada, e a notícia do aumento da oferta do JPMorgan Chase para a compra do Bear Stearns aceleraram os negócios lá fora e o Ibovespa subiu mais de 3%. Mas devolveu no fechamento", afirmou Alessandra Ribeiro, economista da Tendências.

A negociação de alguns papéis foi especialmente favorecida pela cotação das matérias-primas --com movimento de queda mais contido nesta segunda-feira--, como no caso de Petrobras e Vale. Os investidores também aproveitarem para comprar papéis dessas empresas após as fortes quedas na semana passada --a mineradora, por exemplo, perdeu 9%. Hoje, as ações ordinárias da Vale subiram 5,15% e as preferenciais, 4,75%. O desempenho da Petrobras foi mais comedido, com alta de 1,71% para as ordinárias e 0,87% para as preferenciais.

"O mercado recuperou parte do preço dos papéis, com perspectiva de melhora na economia dos EUA, acelerando algumas ações, como a Vale. Mas a volatilidade continua em voga. Dados da economia dos Estados Unidos dão sinais de certa estabilidade, mas não no longo prazo e nem suficiente para recuperar a economia por completo. As negociações em patamares muito elevados não devem se sustentar", disse Jason Freitas Vieira, da Uptrend Consultoria Econômica.

Alessandra Ribeiro, da Tendências, também avalia que o movimento é pontual. "As incertezas continuam fortes, ainda há dúvidas sobre a saúde de muitas instituições financeiras nos EUA. E dados importantes a serem divulgados nesta semana, como o índice de confiança do consumidor americano, não devem vir positivos. O mercado não deve permanecer nesses patamares", disse a economista.

Nos Estados Unidos, hoje, a notícia que mais animou os investidores foi a nova oferta de compra do banco de investimentos JPMorgan ao banco de investimentos Bear Stearns --uma das primeiras "vítimas" da crise do crédito imobiliário de alto risco ("subprime"). O valor foi quintuplicado (de US$ 2 por ação para US$ 10 por ação).

O Dow Jones Industrial Average (DJIA) avançou 1,52%, para 12.548,64 pontos, e o índice de alto componente tecnológico Nasdaq subiu 3,04% a 2.326,75 pontos. O índice ampliado Standard and Poor's 500, por sua vez, registrou alta de 1,53%, para 1.349,88 pontos.

Outra boa notícia para aliviar a crise do subprime e o medo de recessão nos Estados Unidos foi a de venda de casas usadas no país, que subiu 2,9% em fevereiro em relação ao mês anterior, com ritmo anual de 5,03 milhões de unidades. O dado foi superior ao esperado pelos analistas, que era de 4,85 milhões de unidades.

Fonte: Folha Online

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