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Luta contra assédio moral: Acampamento em frente a Bosch completa 8 anos

O ex-diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba Cristiano Ferreira, passou por uma das piores experiencias de trabalho que já teve. Em março de 2015 foi vítima, junto a muitos trabalhadores da Bosch (CIC), de assédio moral, ameaças de demissão, perseguição e prática contra a liberdade de organização.

Este conjunto de fatores surgiu após o delegado sindical ser eleito como delegado de fábrica com amplo número de votos. Ele escutou vários relatos de trabalhadores de diversos setores que estavam em situações de risco, com máquinas lançando óleo em seus rostos, máquinas sem segurança nenhuma e trabalhadores com acumulo de funções, alguns chegando a trabalhar por até 4 funcionários.

Após a apuração, o diretor levou os problemas para os líderes da fábrica esperando uma resposta de comprometimento da empresa em resolver a situação. Não foi ouvido! E como muitos trabalhadores que eram assediados moralmente por relatarem os problemas que estavam tendo que conviver, foi punido. Desta vez, em vez de receber ameaças de demissão ou ser perseguido diariamente após se opor, teve o destino das ameaças.

De maneira arbitrária foi demitido. Como delegado de fábrica mais votado daquela eleição e grande representante sindical, a empresa decidiu que a melhor solução era não manter Cristiano. Desta maneira não teriam que se preocupar em resolver as reclamações dos trabalhadores. E sem um representante para fazer sua voz ecoar mais alto, aos poucos silenciariam cada trabalhador que se revoltasse com tais condições de trabalho.

Em resposta à demissão, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba uniu seus representantes sindicais da categoria metalúrgica para protestar junto ao dirigente sindical, que logo após ser demitido foi escoltado como criminoso até a porta de fora da empresa.

Em protesto, montaram um acampamento na porta da empresa, onde permaneceram por aproximadamente 6 meses. Foram mais de 100 dias de mobilização, luta e união! Os trabalhadores foram solidários à causa e estiveram presentes em todas as assembleias para que ele fosse reintegrado.

Além do apoio da categoria metalúrgica da Grande Curitiba e região metropolitana, a causa recebeu apoio da UAW ( United Auto Workers ) que após ouvir os depoimentos dos trabalhadores,se comprometeram a denunciar no exterior, tanto para os organismos internacionais de direitos humanos e trabalhistas, como para a própria sede da Bosch, na Alemanha. 

A mobilização fez com que os trabalhadores fossem ouvidos e tivessem melhores condições de trabalho. Protesto que entrou pra história de lutas do Sindicato no combate ao assédio moral e por condições de trabalho dignas! 


 

 

 

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