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28 DIAS DE GREVE POR MAIS SAÚDE E SEGURANÇA: ÔNIBUS CHEGAM VAZIOS NOVAMENTE NA RENAULT

Os ônibus da Renault\Horse que transportam os trabalhadores novamente chegaram vazios na manhã desta segunda-feira (03\06) na fábrica da montadora. Com isso, a greve dos empregados por mais saúde e segurança no local de trabalho completa 28 dias. 

Por enquanto, a direção da empresa continua com a postura de não diálogo, se negando a negociar com o Sindicato.  No último dia 28, trabalhadores rejeitaram, em assembleia, pela 3ª vez, a mesma proposta da empresa.

“A falta de maturidade da empresa em não aceitar o resultado da assembleia dos trabalhadores e não querer sentar parar negociar faz com que que a greve se arraste. A impressão é que não querem resolver nada das reivindicações preferindo colocar em risco a saúde e segurança do trabalhador e tomar prejuízo com a falta de produção só para não dar o braço a torcer”, analisa o presidente do SMC, Sérgio Butka.

Nesta terça-feira (04), acontece a audiência onde será julgado o recurso do Sindicato contestando a liminar que considerou a greve ilegal. Á tarde, às 14hs, SMC convocou nova assembleia com os trabalhadores para debater o rumo da mobilização. 

REIVINDICAÇÃO DOS TRABALHADORES
A principal reivindicação dos trabalhadores é pela contratação de mais empregados para suprir o ritmo intenso da linha de produção que tem sobrecarregado os funcionários colocando sua saúde e segurança em risco. Uma evidência desse fato é o índice de engajamento do trabalhador na linha de produção que está em 95%, ou seja, dentro do processo de trabalho, o trabalhador tem apenas 5% de tempo para dar “uma respirada” ou ir ao banheiro. O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC)  cobra que a empresa baixe esse índice para 85% ou menos.

Além disso, a falta de  trabalhadores absenteístas, que fazem o revezamento na linha de produção com trabalhadores que precisam ir ao banheiro, por exemplo, é outro fator que tem gerado transtornos dentro da fábrica.   Devido a falta do absenteístas, há relatos de trabalhadores que tiveram de esperar até 40 minutos para utilizar o banheiro. Também faltam trabalhadores para cobrir metalúrgicos que folgam ou se ausentam do trabalho. Essa situação acaba sobrecarregando os demais empregados. 

Como solução para a situação, o SMC propõe a contratação de, pelo menos, um trabalhador absenteísta setor, ou seja, cerca de 300 trabalhadores para suprir a demanda da linha de produção.  Outras reinvindicações nesse sentido, são a melhoria do plano de saúde e a implantação de um plano de cargos e salários para o setor da logística. 

AUTORIDADES REPUDIAM ATITUDE DA EMPRESA
A mobilização dos trabalhadores por melhores condições de trabalho já chama a atenção do Legislativo.  As Câmaras Municipais de Araucária  e Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, manifestaram seu repúdio com a postura da empresa e cobraram mas responsabilidade com a saúde dos trabalhadores. A Câmara Municipal de São José dos Pinhais também aprovou uma moção em defesa dos trabalhadores. 

No dia 27 de maio, na sessão plenária da . Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado Luiz Claúdio Romaelli (PSD), fez um pronunciamento cobrando mais postura do governo do estado em relação à situação dos trabalhadores, sugerindo que o governo convoque uma mesa tripartite entre as partes.  A Câmara Municipal de São José dos Pinhais também aprovou uma moção em defesa dos trabalhadores. 

PAUTA ECONÔMICA
Além da pauta social,  os trabalhadores também reivindicam:  
- PLR: Mínimo de R$ 30 mil com valor da 1ª parcela de R$ 18 mil para um volume de produção de 201 mil veículos
- Reajuste salarial baseado no INPC (previsão de 3,66%) + PIB 2022 (3,02%) = 6,80%
- Reajuste do Vale Mercado: 6,80% (da conta acima) + a incorporação da defasagem salarial do INPC de 2020 à 2024 (8,82%)  - Hoje, o VM está no valor de R$ 1040,00, com o reajuste passaria para cerca de R$ 1700,00.

FUNDO DE GREVE
Como a empresa começou a cortar os salários dos trabalhadores, o  Sindicato está liberando um fundo de greve de até R$ 1 mil por trabalhador associado. Ao aderir o fundo o trabalhador estará doando R$ 20 para ajudar o SOS Rio Grande do Sul. 

RENAULT/HORSE
A fábrica da Renault possui cerca de 5 mil trabalhadores (3.500 da produção e 1.500 administrativos) em dois turnos. Os modelos produzidos são a OROCH, MASTER, KARDIAN SUV, KWID E A DUSTER. A produção diária da fábrica atualmente é de cerca de 800 veículos por dia. A fábrica tem capacidade máxima para produzir cerca de 1.380 veículos\dia.

Já a fábrica da Horse, que produz os motores da Renault, possui cerca de 600 trabalhadores, fabrica atualmente 900 motores\dia.

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