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30 de julho: Dia Mundial Contra o Tráfico de Pessoas reforça luta por trabalho decente e combate à exploração

O Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, lembrado todos os anos em 30 de julho, chama a atenção para um dos crimes mais graves e silenciosos da atualidade. Instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2013 e celebrada pela primeira vez em 2014, a data tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre as diversas formas de exploração, como o trabalho forçado e a exploração sexual. A data também reforça a importância do trabalho decente, uma causa que faz parte da história do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba.

A Assembleia Geral da ONU proclamou o 30 de julho como Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas com o apoio dos 193 Estados-Membros. O objetivo é dar visibilidade às vítimas e impulsionar políticas de prevenção, acolhimento e responsabilização dos criminosos. Embora frequentemente associado à exploração sexual, o tráfico de pessoas também se manifesta de forma cruel no mundo do trabalho.

Em 2022, a Inspeção do Trabalho identificou 1.970 vítimas de tráfico de pessoas submetidas a condições análogas à escravidão. O dado alarmante, destacado em relatório oficial, revela que 58% dos casos envolvem tráfico interestadual. A maioria das vítimas é composta por homens, representando 93% dos casos. A maioria também é preta ou parda, totalizando 85%, com baixa escolaridade: 23% não completaram o 5º ano do ensino fundamental e 7% são analfabetos. Outro dado ainda mais preocupante aponta que 46 vítimas tinham entre 13 e 17 anos no momento do resgate.

Trabalho

O tráfico de pessoas também se manifesta de maneira cruel no mundo do trabalho. Situações de informalidade e falta de fiscalização favorecem a ação de redes criminosas que exploram trabalhadores sem garantir direitos básicos e dignidade. O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba reforça que combater o tráfico é também defender o trabalho decente, com saúde preservada e direitos assegurados.

Para enfrentar o problema, o país conta com a Rede de Núcleos de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e com os Postos Avançados de Atendimento Humanizado ao Migrante, que atuam de forma integrada em várias regiões para prevenir, identificar e atender vítimas. Essas estruturas foram criadas em 2008 e fortalecidas nos anos seguintes por ações do Pronasci.

Em 2025, o Brasil completa 30 anos do reconhecimento oficial da existência de formas contemporâneas de escravidão, ocorrido em 1995. Desde então, a Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego já resgatou 65.598 trabalhadores e trabalhadoras em 8.483 ações fiscais. Entre os anos de 2003, início da série histórica, e 2024, mais de 155 milhões de reais foram pagos às vítimas em verbas trabalhistas e rescisórias.

Luta e dignidade

O tráfico de pessoas e o trabalho forçado se espalham em contextos marcados pela informalidade, pelo subemprego e pela ausência de fiscalização. É justamente nessas brechas, longe da proteção da carteira assinada e dos direitos garantidos, que muitas vítimas são capturadas por redes criminosas. Por isso, o Sindicato reafirma seu compromisso com a luta por dignidade no trabalho e conclama a sociedade a denunciar casos suspeitos e cobrar a intensificação da fiscalização e do acolhimento das vítimas. A entidade lembra que mais do que uma data simbólica, o 30 de julho é um chamado à ação coletiva para erradicar a exploração. Nenhum trabalhador ou trabalhadora deve ser tratado como mercadoria.

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