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“Presente híbrido, futuro elétrico”: SMC participa de visita técnica sobre ciclo renovável do etanol e descarbonização de olho na nova era de motores

Recentemente o SMC, representado pelo secretário geral Jamil Dávila e o diretor Daniel de Camargo, participou de uma visita técnica para conhecer o ciclo renovável do etanol e a estratégia de descarbonização da Volkswagen. 

A visita contou também com Sindicatos representantes dos metalúrgicos de outras unidades do país(Taubaté, São Carlos/SP e São Bernardo do Campo), além, é claro, da planta de São José dos Pinhais, representada pelos dirigentes sindicais do Paraná. 

As visitas coordenadas pela diretoria da Volks foram realizadas no interior de São Paulo. A primeira delas foi na usina da Cocal Energia Responsável, em Narandiba, uma das mais importantes companhias do setor sucroenergético do Brasil, que produz cana-de-açúcar, açúcar, energia elétrica e biogás.

A segunda visita foi no Centro de Tecnologia Canavieira(CTC), em Piracicaba, onde os dirigentes sindicais conheceram o ciclo renovável do etanol. Este combustível, segundo a montadora, apresenta baixa pegada de carbono, o que representa uma solução imediata para a mobilidade sustentável. O CTC é o mais importante centro de desenvolvimento de variedades de cana-de-açúcar do mundo, utilizando como base a biotecnologia.

Além da visita no campo, a diretoria da Volks deixou claro para os dirigentes sindicais que tem o objetivo de desenvolver um motor híbrido flex a etanol, com a vinda de um centro de desenvolvimento de motor à combustão. Esse plano faz parte da estratégia de eletrificação no Brasil. Um dos objetivos também é exportar tecnologia para outras empresas.

A longo prazo está prevista a produção de um motor elétrico a célula de combustão a etanol.

A visita técnica, além de mostrar as etapas de produção do etanol, fez os dirigentes sindicais levantarem vários questionamentos acerca de oportunidades, competitividade, infraestrutura e principalmente manutenção dos empregos.

Este último detalhe, aliás, deve-se ao fato da produção do carro elétrico necessitar menos mão de obra, o que pode impactar negativamente nos empregos em toda a cadeia automotiva, que conta atualmente com cerca de 2 milhões de trabalhadores. 

“Temos um grande desafio pela frente, que é reduzir a emissão de poluentes e ao mesmo tempo manter empregos do setor automotivo. Claro que o carro elétrico reduz consideravelmente os poluentes, mas por outro lado reduz também a demanda de mão de obra, gerando desemprego. A alternativa apresentada pela Volks é a continuidade do motor a combustão (flex), em complemento ao carro etanol, onde mantém a demanda da mão de obra e ao mesmo tempo a redução de poluentes. Por isso acreditamos que essa alternativa é a mais viável no momento. Claro que temos grandes desafios a serem discutidos sobre esse assunto, mas acreditamos ser a melhor alternativa”, ressaltou Jamil Dávila.    

“É algo muito importante. Quando se fala da transição do carro a combustão que temos hoje para carro elétrico vemos as dificuldades que poderemos ter em todas as nossas fábricas. Hoje para fabricar um carro a combustão leva-se em média 24h para ser produzido. No carro elétrico tem estudos que mostram que esse tempo cai para 10, 11h. Ou seja, muitos postos de trabalho seriam perdidos na cadeia produtiva, principalmente nos fornecedores de peças. Estamos discutindo um carro híbrido que inclui o motor a combustão que já temos mais o motor elétrico. Seria positivo, principalmente por que não temos matrizes energéticas variadas. No caso agora, de seca, temos problemas com energia elétrica. Então o Brasil precisa se desenvolver muito para ter uma frota 100 % de carro elétrico.  A cadeia de etanol é uma tecnologia que já temos em mãos, e é uma lacuna que temos entre o carro a combustão e o carro elétrico. É positivo até para exportação da tecnologia. Isso faz  com que os produtos que estamos fabricando sejam colocados nesse debate. Um carro elétrico hoje teria que ser um veículo totalmente diferente do que a gente tem hoje. Nós teríamos um investimento muito grande nas fábricas e aí temos o risco de não ter esse investimento para todas as plantas de uma vez. Poderíamos ter problemas com isso”, avaliou Daniel de Camargo.

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