Funcionários da Pavilon, unidade de pavimentação do município de Londrina, suspenderam suas atividades na manhã de ontem para reinvindicar o fornecimento de equipamentos pessoais de segurança: uniforme, calçados, luvas, máscaras e protetores de ouvido. Esta é a segunda vez que eles protestam pelo mesmo motivo.

O diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Londrina (Sindserv), Éder Pimenta, explicou que a primeira paralisação aconteceu em novembro passado e a prefeitura havia prometido o fornecimento dos equipamentos para o final daquele mês, porém, até ontem os funcionários não haviam recebido nada. ''Há mais de dois anos o pessoal não recebe uniformes e os demais equipamentos'', disse.

Segundo os operários, eles têm tirado dinheiro do bolso para adquirir os materiais e poder trabalhar. Irineu Scavion, servidor da Secretaria de Obras há 30 anos e há três no Pavilon, disse que sempre precisou comprar botas para o serviço. ''Custam de R$ 30 a R$ 40 reais e se a gente não comprar, não temos calçado para trabalhar. As atividades aqui são no asfalto quente, precisa de sapato adequado'', disse. A Pavilon produz entre 80 e 100 toneladas de massa asfáltica e realiza de 25 a 30 serviços por dia, entre recapeamento e tapa-buracos.

O assessor da Secretaria de Gestão Pública, Roberto Simão Avila, disse que a empresa responsável pela aquisição dos equipamentos é de Apucarana e deve entregar o material entre os dias 18 a 21 deste mês. ''Houve uma primeira licitação mas não tivemos ganhador. Em novembro foi aberta uma segunda licitação e por isso houve um atraso'', justificou. A compra inclui botas de couro, de plástico, botinas com biqueira, capas impermeáveis e agasalhos.

Fonte: Folha de Londrina