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No Dia do Carteiro, categoria comemora adicional, mas reclama de sobrecarga

Carteiros sofrem com a falta de pessoal e a sobrecarga de trabalho. Apesar de conquistas recentes, como a do adicional de risco, salário pago pelos Correios ainda é um dos mais baixos entre as empresas federais

Nesta sexta-feira, 25 de janeiro, comemora-se no país o Dia do Carteiro. A data é inspirada na criação do cargo de Correio-Mor do Brasil, em 1663, época em que o país ainda era uma das colônias de Portugal.

Hoje, mais de 52 mil pessoas exercem a profissão de carteiro em todo o território nacional. Desse total, cerca de três mil trabalham no Paraná. Aproximadamente 10% dos carteiros são mulheres.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), os carteiros enfrentam uma série de problemas em seu dia-a-dia. Um dos problemas mais graves é a falta de pessoal e a conseqüente sobrecarga de trabalho.

O Sintcom-PR estima que o déficit de efetivo, apenas no Paraná, ultrapasse a marca de 800 carteiros. "O número insuficiente de contratações é um problema nacional que obriga os carteiros a fazer horas-extras de forma sistemática e até a trabalhar durante o horário de almoço", afirma o carteiro Nilson Rodrigues dos Santos, secretário-geral do Sintcom-PR.

Em março de 2007, o sindicato protocolou denúncias sobre o assunto na Delegacia Regional do Trabalho e no Ministério Público do Trabalho. Nas denúncias, cobrava a realização de mais contratações através de concursos públicos.

Baixos salários

Outro problema enfrentado pelos carteiros diz respeito à remuneração. O salário inicial da categoria foi reajustado para R$ 600 a partir deste mês de janeiro. A remuneração média não passa de R$ 800. Trata-se de uma das mais baixas remunerações do funcionalismo público federal.

Segundo cálculos do Dieese, o salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas sobreviver deveria ser de R$ 1,8 mil. Esse valor seria suficiente para atender as necessidades vitais básicas listadas pelo artigo 7ª da Constituição: moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência.

Adicional de risco


No fim do ano passado, após anos de luta, os carteiros conquistaram o adicional de risco, no valor de 30% do salário. Esse adicional, que começou a ser pago pelo governo Lula no último mês de dezembro, era reivindicado desde o início da década de 90.

Além das variações relacionadas ao clima, os carteiros são alvo freqüente de ataques de cães, quedas, atropelamentos e problemas físicos. Precisam percorrer áreas acidentadas e perigosas.

A conquista do adicional de risco minimiza, em parte, o abismo salarial existente dentro da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A relação entre o maior e o menor salário pago pela ECT já chegou a ultrapassar 44 vezes, conforme dados oficiais relativos a 2005. Na época, integrantes da direção nacional da empresa recebiam salários de até R$ 21,3 mil.

Fonte: DIAP

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