Indústria comemora bons resultados no Estado
Os setores de alimentos e bebidas, e têxtil e vestuário, foram os que mais geraram empregos no Paraná em 2007. Com isso, a indústria da transformação no Estado teve um crescimento de 8,83%, com a geração de mais de 46 mil novas vagas - contra 21 mil vagas em 2006. Esse índice é maior que o crescimento nacional, que registrou 6,09%. A grande maioria dos postos de trabalho (68,6%) foi gerada no interior do Estado, e 31,4% na Região Metropolitana de Curitiba.
Com esses resultados, o Paraná ficou na quarta posição entre os estados brasileiros que tiveram o maior crescimento no número de empregos. Ficou atrás apenas do Rio Grande do Norte, Maranhão e Mato Grosso. Já em relação a geração e novas vagas, o Estado ficou na segunda posição, atrás apenas de São Paulo, que gerou perto de 150 mil vagas. De acordo com o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) do Paraná, Sandro Silva, 2007 foi o segundo melhor resultado na geração e crescimento de empregos no Estado desde 2001 - em 2006 foram gerados 47 mil empregos.
Esses resultados, avalia Silva, são reflexo da retomada da economia, puxados basicamente pela agricultura e agroindústria, que depois de uma crise em 2005 vem se recuperando. Entre os empregos gerados nestes segmentos, os destaques ficam por conta dos frigoríficos, refino de açúcar e produção de álcool. “Aliado a isso, a redução na taxa de juros dos últimos anos, a inflação baixa e aumento de crédito, também tiveram influência nesse cenário”, falou o economista. Entre as atividades que tiveram desempenho negativo aparecem a fabricação de produtos de fumo, desdobramento de madeira e fiação.
Quando a produção industrial é analisada por gênero, o maior crescimento ocorreu no setor de veículos automotores, com crescimento de 30,46%. Isso é reflexo dos lançamentos feitos pelas montadoras Renault e Volkswagen nas plantas do Paraná. Também tiveram destaque os setores de máquinas e equipamentos - crescimento de 21,39% - e máquinas, aparelhos e materiais elétricos com 19,17%. Em relação as exportações, os dados também são positivos. No ano passado a indústria paranaense teve um aumento de 15,7% nas exportações, contra uma expansão de 4,73% em 2006.
Para 2008, avalia o economista do Dieese, a tendência é que se mantenha o crescimento positivo registrado no ano passado. No entanto, a base de aumento não deve ser tão expressiva, já que a economia paranaense pode sofrer algum reflexo da economia mundial. “A crise dos Estados Unidos poderá afetar as empresas que exportam para aquele país, além da economia mundial como um todo. É o caso da China, que hoje é um dos países que mais importam do Brasil”, ponderou.
Fonte: Paraná Online