Trabalhadores e patronal não chegam a acordo e crescem as chances de paralisação dos Aeronautas e Aeroviários
Não houve resultado para nenhuma das partes a mais recente rodada de negociações dos aeronautas e dos aeroviários. Dessa forma, poderá ocorrer uma paralisação no início de fevereiro, dependendo do que o s trabalhadores decidirem na assembleia que irá acontecer nessa sexta (29).
A classe trabalhadora, representada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT (FENTAC), não se deu satisfeita pela proposta do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA), que propõe um reajuste fatiado por faixas salariais, que é considerada ruim para os trabalhadores, pois os mesmos sofrerão perdas salariais ao longo do período da aplicação destes reajustes. O encontro aconteceu na sede da entidade patronal.
É bom dizer que a rodada de negociações foi uma determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Proposta do SNEA
A proposta das empresas prevê para os trabalhadores que recebem até R$ 1.500 (atinge 45% dos aeroviários das empresas): 5,5% em fevereiro e 5,5% em junho.
Para os salários e pisos de R$ 1.500 a R$ 10.000,00: 3% em fevereiro, 2% em junho e 6% em novembro, sendo que o reajuste seria aplicado sobre o salário de novembro.
Já para os salários acima de R$ 10.000: R$ 300 em fevereiro, R$ 200 em junho e R$ 600 em novembro, sem aplicação de teto para os aeronautas.
A proposta incluiria a criação de um piso mínimo para creche para os aeroviários e um possível aumento no Passe Livre para os aeronautas, de cinco para sete vezes.
Em relação aos benefícios (vale-refeição, alimentação, diárias nacionais e seguro) o reajuste proposto pelas empresas seria de 11% retroativo à data-base, que seria aplicado em fevereiro.
A resposta é NÃO!
Segundo levantamento feito pelo técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) da FENTAC, Mahatma Ramos, os trabalhadores em solo (aeroviários) que recebem de R$1,053 a R$1,500 seriam os mais prejudicados. Ele diz a perda salarial será monstruosa. Mais precisamente de 47,89%. Esses trabalhadores perderiam quase metade do salário deles.
O presidente da FENTAC, Sérgio Dias, reforça que os aeronautas e aeroviários reivindicam a proposta de reajuste salarial de 11% retroativa à data-base, que fará a recomposição das perdas inflacionárias nos salários. Segundo ele, as empresas só priorizam seus investimentos e não valorizam os aeronautas e aeroviários que são responsáveis pelo ótimo desempenho do setor.
Sem serviço em fevereiro
Os pilotos, co-pilotos, comissários e os aeroviários de Guarulhos, Porto Alegre, Recife, Campinas e nas bases do Sindicato Nacional dos Aeroviários farão assembleias nesta sexta-feira (29) para colocar essa proposta patronal e diante do congelamento da negociação, irão deliberar sobre a possibilidade de uma paralisação nacional conjunta nos principais aeroportos do País no início de fevereiro.
Fonte: Fentac
A classe trabalhadora, representada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT (FENTAC), não se deu satisfeita pela proposta do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA), que propõe um reajuste fatiado por faixas salariais, que é considerada ruim para os trabalhadores, pois os mesmos sofrerão perdas salariais ao longo do período da aplicação destes reajustes. O encontro aconteceu na sede da entidade patronal.
É bom dizer que a rodada de negociações foi uma determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Proposta do SNEA
A proposta das empresas prevê para os trabalhadores que recebem até R$ 1.500 (atinge 45% dos aeroviários das empresas): 5,5% em fevereiro e 5,5% em junho.
Para os salários e pisos de R$ 1.500 a R$ 10.000,00: 3% em fevereiro, 2% em junho e 6% em novembro, sendo que o reajuste seria aplicado sobre o salário de novembro.
Já para os salários acima de R$ 10.000: R$ 300 em fevereiro, R$ 200 em junho e R$ 600 em novembro, sem aplicação de teto para os aeronautas.
A proposta incluiria a criação de um piso mínimo para creche para os aeroviários e um possível aumento no Passe Livre para os aeronautas, de cinco para sete vezes.
Em relação aos benefícios (vale-refeição, alimentação, diárias nacionais e seguro) o reajuste proposto pelas empresas seria de 11% retroativo à data-base, que seria aplicado em fevereiro.
A resposta é NÃO!
Segundo levantamento feito pelo técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) da FENTAC, Mahatma Ramos, os trabalhadores em solo (aeroviários) que recebem de R$1,053 a R$1,500 seriam os mais prejudicados. Ele diz a perda salarial será monstruosa. Mais precisamente de 47,89%. Esses trabalhadores perderiam quase metade do salário deles.
O presidente da FENTAC, Sérgio Dias, reforça que os aeronautas e aeroviários reivindicam a proposta de reajuste salarial de 11% retroativa à data-base, que fará a recomposição das perdas inflacionárias nos salários. Segundo ele, as empresas só priorizam seus investimentos e não valorizam os aeronautas e aeroviários que são responsáveis pelo ótimo desempenho do setor.
Sem serviço em fevereiro
Os pilotos, co-pilotos, comissários e os aeroviários de Guarulhos, Porto Alegre, Recife, Campinas e nas bases do Sindicato Nacional dos Aeroviários farão assembleias nesta sexta-feira (29) para colocar essa proposta patronal e diante do congelamento da negociação, irão deliberar sobre a possibilidade de uma paralisação nacional conjunta nos principais aeroportos do País no início de fevereiro.
Fonte: Fentac