Parlamentares recebem homenagem das centrais sindicais
A partir de agora, os políticos que fazem campanha afirmando que defendem os trabalhadores vão ter como provar. E os que falam, mas não fazem, serão desmascarados. Esta foi a explicação dada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP) que também é presidente da Força Sindical, para a idéia de os dirigentes sindicais homenagearem os parlamentares que votaram a favor da regulamentação das centrais sindicais (PL 1.990/07).
O evento foi realizado na noite desta quarta-feira (9), no Salão Negro do Congresso, para entrega de certificados de agradecimentos a 237 deputados e 79 senadores.
O grande número de parlamentares impediu que todos falassem. O critério escolhido pelos sindicalistas é de que falaria o representante de cada partido. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT/SP), que lamentou não ter participado das votações, também recebeu o certificado de agradecimento. Ele destacou que pela primeira vez, em 13 anos que atua no Parlamento, presenciou uma manifestação de agradecimento aos deputados pela aprovação de uma matéria.
Chinaglia destacou a importância da aprovação da lei, que normatiza a negociação entre patrões e empregados. Ele considerou que a votação entrou para a história do movimento sindical, lembrando a época em que atuava como líder sindical e as centrais tinham representação política, mas não possuiam reconhecimento oficial.
“A regulamentação das centrais sindicais coincide com a chegada da classe trabalhadora ao poder, dentro dos moldes democráticos. O primeiro evento significativo desta participação do jogo de poder, foi a eleição de Lula, ex-metalúrgico, para a Presidência da República. Agora, com as centrais sindicais reconhecidas, a classe trabalhadora brasileira participa de fato e de direito do poder constituído no País”, escreveu o vice-presidente da UGT, deputado Roberto Santiago (PV/SP).
Cada um dos representantes das cinco centrais promotoras do evento - Força Sindical, CTB, CGTB, UGT e Nova Central - chamava um dos homenageados e sindicalistas e parlamentares trocaram elogios à atuação de um e outro e lembraram a luta “árdua e longa” até a aprovação da matéria nas duas Casas do Congresso.
Fonte: DIAP