Comissão Brasileira de Justiça e Paz apóia campanha pelas 40 horas
A Comissão Brasileira de Justiça e Paz, organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), divulgou nota em apoio a campanha desenvolvida pelas centrais sindicais com o objetivo de reduzir a jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem diminuição de salários. O documento, assinado pelo secretário executivo Carlos Moura, foi distribuído na semana passada.
“O trabalho, antes de qualquer outra função, deve servir para dignificar a pessoa. Ser fonte de realização das aptidões e capacidades de cada ser humano propiciando o desenvolvimento da sua criatividade e dando ensejo à participação de homens e mulheres na obra da criação divina. A jornada de 40 horas semanais, sem redução de salário, permitirá a cada trabalhador (a), tempo a fim de que se dedique a atividades de formação cultural e outras, além de espaço para os cuidados com a saúde, o lazer e o convívio familiar. Enfim será uma contribuição no sentido da construção de uma sociedade mais humanizada”, diz a nota.
O documento da comissão lembra que levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) aponta que a redução da jornada pode gerar mais de dois milhões de novos postos de trabalho. “Portanto, reduzir a jornada significa oportunidade de trabalho e melhores condições de vida para todos brasileiros”, enfatiza.
Segundo a nota, é justo que os trabalhadores e trabalhadoras possam “usufruir deste momento de relativo crescimento econômico que se vive no País, garantindo uma qualidade de vida melhor para si e para as gerações futuras”.
CNBB
Em mensagem aos trabalhadores, saudando a passagem do 1º de Maio, a CNBB reitera o apoio à campanha pela redução da jornada: “Saudamos as trabalhadoras e trabalhadores do Brasil, suas organizações sindicais e movimentos sociais, ao mesmo tempo em que manifestamos nosso apoio à Campanha pela redução da jornada de trabalho constitucional para 40 horas semanais sem diminuição dos salários”, conclui a mensagem.
Fonte: DIAP