Portal do SMC - Acesse aqui

Notícias > Notícias do dia

Imagem

População não está satisfeita com o aumento do Auxílio Brasil

O governo Bolsonaro conseguiu que uma PEC que cria um estado de emergência e estoura o famigerado teto de gastos fosse aprovada no Congresso Nacional, permitindo um auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro.

 

Com um pagamento que só vai até dezembro e que para muitos é uma medida eleitoreira, não tem uma adesão tão grande entre a população que poderá receber esse auxílio.

 

Reportagem da Folha de São Paulo publicada hoje, mostra parte da população descontente com o aumento de R$ 200 no auxílio.

 

No texto, uma moradora do Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo, Alaíde de Jesus Santana, 68, que não frequenta mais as feiras do bairro. O que ela recebe de aposentadoria e auxílio emergencial não são suficientes para ir na feira.

 

“Se eu falar pra você que este ano eu fui na feira, eu estou mentindo”, conta a aposentada. Ela está bem descontente e desconfiada com as notícias sobre a PEC. “É o mesmo potencial [de compra], a mesma coisa”, afirma, e ela fala de forma convicta: “A gente sabe que isso aí é só para o cara [o presidente Jair Bolsonaro (PL)] ganhar [as eleições]”.

 

Para o ex-presidente Lula, o Bolsonaro acha que pode comprar o povo. “Ele acha que o povo é rebanho. Ele acha que o povo não pensa, que o povo vai acreditar em mentira e não vai”.

 

As críticas continuam por meio do morador da Vila São José, no Grajaú, zona sul da capital paulista, Danilo Jesus Souza, 36, que também recebe o auxílio Brasil e critica o caráter temporário do aumento. “Pode até ajudar, mas e depois, quando acabar, você vai para onde?”

 

Durante a votação da PEC, a oposição tentou manter o aumento de forma permanente, mas sem sucesso.

 

A ajuda é importante, mas a  geração de empregos para que as pessoas tenham uma renda estável. “O que a gente queria mesmo era um emprego fixo”, disse Danilo.

 

A medida é estritamente eleitoreira e não atende as necessidades da população, como diz a assistente social e diretora da Rede Brasileira de Renda Básica, Paola Carvalho.

 

“Nós alertamos desde março de 2020 que vivíamos uma situação de emergência”, disse Paola. E esses cinco meses não terão efeitos duradouros para a população mais vulnerável.

 

“São cinco meses de R$ 600 sabendo que a fila de espera do Auxílio Brasil é gigantesca e que, efetivamente, nós não estamos atendendo todas as famílias, nem mesmo pelo tempo necessário para que as pessoas possam se reorganizar”, afirma Paola.

 

 

 


Fonte:  Redação Mundo Sindical - com informações da Folha de São Paulo - 18/07/2022

Categorias:

Comente esta notícia

código captcha
Desenvolvido por Agência Confraria

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

CLIQUE AQUI e saiba mais sobre o tratamento de dados feito pelo SMC. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito do SMC bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.