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"Dia Laranja" da Força-PR intensifica políticas públicas de combate à violência contra a mulher na Fazenda Rio Grande

Mantendo firme a bandeira do Março Laranja, a Força Sindical do Paraná realizou nesta quinta(25) o "Dia Laranja" na Câmara Municipal de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana.

O objetivo desta iniciativa realizada em parceria com o legislativo municipal é intensificar todos os meses o combate à violência contra a mulher.

Essa foi a mensagem passada para as lideranças e autoridades do município.

A assessora da Força Paraná, Fernanda Queiroz, apresentou o projeto Março Laranja ao público presente no plenário da Câmara.

O assunto foi ressaltado pelas lideranças na mesa de abertura e depois explanado por profissionais que atuam na área de proteção a mulher.

“É muito importante a mulher não se calar. Existem órgãos competentes aos quais elas podem procurar e denunciar para não deixar impune a situação da qual estão passando”, alertou a coordenadora do CREAS (Centro de Referência Especializado em Assistência Social), Ana Lilian Senczuk Fonseca.

A presença masculina, em bom número na plateia, foi analisada positivamente pela diretora geral da Secretaria da Mulher de Fazenda Rio Grande, Tatiane Hagy Ribeiro, que ressaltou a importância da conscientização também nos homens e os vários serviços disponibilizados pelo órgão municipal, “precisamos provocar essa pauta em representantes homens de grandes instituições. O objetivo principal aqui foi de levantar os dados que temos e que elucidam a facilidade de acolhimento dessas mulheres vítimas de violência pela Secretaria. Existem diversos serviços que a secretaria disponibiliza para as mulheres”.  

 Logo após os participantes interagiram através de perguntas e sugestões de melhorias para o combate à violência contra a mulher. 

Com base nessas contribuições um encaminhamento final foi aprovado.

“Esses movimentos oriundos da sociedade civil são muito importantes porque é através deles que conseguimos executar políticas públicas e aplicar legislações mais rígidas e talvez fiscalizar aquelas que já existem”, frisou a secretária municipal de Assistência Social e Secretária Municipal da Mulher, Giuliana Dal Toso Marcondes.

“Trazer essa situação para o debate é um meio de ajudarmos as mulheres do nosso município e é também uma ideia para criarmos políticas públicas aqui no município”, ressaltou o vereador Gilmar Petry(Cidadania).   

O vereador Julinho do Pesque(PRTB) seguiu a mesma linha de pensamento ao ser entrevistado pela equipe de reportagem da Força-PR, “é muito importante debater políticas públicas, principalmente quando voltado para a mulher. E a Câmara Municipal é local ideal”.

A Força Sindical do Paraná também reforçou a importância das politicas públicas.

“Essa é uma discussão a fomentação as políticas públicas em defesa dos direitos da mulher. A Força-PR mais uma vez debate com a sociedade para que o município consiga ampliar ainda mais essa políticas em defesa das mulheres”, comentou o secretário geral da Força-PR, Jamil Dávila.

“A luta pela valorização da mulher é uma das principais bandeiras do movimento sindical. Por isso temos o projeto Março Laranja que reivindica o fortalecimento dos mecanismos de proteção à mulher vítima de violência. Temos municípios no Paraná que não tem nem um órgão voltado para debater e promover políticas públicas para as mulheres. Precisamos mudar isso e aumentarmos a pressão por mais valorização da mulher”, diz o presidente da Força Sindical do Paraná, Sérgio Butka.

PROJETO MARÇO LARANJA

O nome do projeto da Força remete à março, por ser o mês onde se celebra o Dia Internacional da Mulher (8 de março) e  ao  Laranja, cor definida pelas Organização das Nações Unidas para simbolizar a luta pela eliminação da violência contra as mulheres. 

A Força reforça a luta contra a violência doméstica realizando uma série de audiências públicas nos municípios do estado. Este ano já foram realizadas audiências em Curitiba, São José dos Pinhais e Campo Largo. 

DADOS ALARMANTES

De acordo com o divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil bateu recorde de casos de feminicídio registrando 699 casos somente no primeiro semestre de 2022, uma média de QUATRO MULHERES MORTAS POR DIA.Ainda segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 29.285 meninas ou mulheres foram vítimas de estupro no Brasil, somente no primeiro semestre de 2022.

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