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“A ferro e fogo”! Diante da mobilização dos metalúrgicos contra reposição da inflação reduzida em 50%, Volvo inicia série de retaliações

Montadora chegou a bloquear acesso na Associação Viking, sede recreativa sustentada também pelos trabalhadores da montadora

Não bastasse a Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) apresentar aos trabalhadores uma proposta de data-base com a reposição da inflação (INPC) reduzida em 50%, a montadora ainda, segundo denuncias, decidiu iniciar uma série de retaliações. O objetivo é tentar enfraquecer a mobilização dos metalúrgicos pela reposição integral do INPC que já foi aplicada em outros acordos com várias empresas do setor metalúrgico na Grande Curitiba (SMC), inclusive em fábricas bem menores que a Volvo.
 
Uma das retaliações que mais chamou a atenção foi a hora-extra imposta nesta segunda-feira (03), quando a empresa resolveu perto das 16h estender o expediente, que termina às 17h, em 1 hora, mesmo com a linha de produção praticamente parada. Um dos motivos da retaliação seria a paralisação realizada na manhã do mesmo dia.
 
O SMC já acionou o departamento jurídico, pois conforme o acordo coletivo de trabalho toda hora-extra deve ser avisada pela direção da fábrica ao Sindicato com 48 horas de antecedência.
A representação sindical também foi alvo das retaliações ao ter acesso bloqueado na empresa.

Além da pressão no chão de fábrica, a Volvo também iniciou seus “ataques” na vida social dos trabalhadores. No final de semana dos dias 24 e 25 de setembro a empresa bloqueou o acesso na Associação Viking (Associação dos Funcionários da Volvo do Brasil), sede recreativa da empresa sustentada também pelos metalúrgicos, com desconto mensal. Vários trabalhadores tinham agendado atividades nesta data, inclusive festa de 1 ano dos filhos. Retaliação esta que serviu de resposta a paralisação de um dia em 23 de setembro.
 
Na mesma Associação Viking a montadora decidiu nesta semana cancelar a tradicional “Festa da Criança”, criada para os filhos dos trabalhadores. Ela alegou que a paralisação iniciada nesta terça-feira (04) afetaria a organização do evento marcado para este sábado, dia 8 de outubro.

Mesmo com as retaliações os cerca 3200 trabalhadores da CIC e os 180 do centro de distribuição de peças (C3) em São José dos Pinhais, continuam mobilizados pela reposição integral da inflação. Em assembleia liderada pelo Sindicato na porta de fábrica eles decidiram hoje (05) de manhã continuar com a paralisação das atividades iniciada ontem. Nova assembleia será coordenada pelo SMC amanhã, às 7h.

“A nossa mobilização continua e não vamos aceitar a reposição da inflação reduzida em 50%. O Sindicato continua aberto ao dialogo para procurar alternativas e construir uma proposta salarial que seja justa para os trabalhadores”, analisou o presidente do SMC, Sérgio Butka.

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