Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba vai liderar assembleia com trabalhadores da Renault para propor volta da quarentena
(Foto: Arquivo SMC) Segundo SMC, empresa não tem peça e nem volume de produção necessário para manter metalúrgicos no chão de fábrica. Situação será levada pela entidade sindical aos órgãos de saúde
Na tarde desta sexta (08), a partir das 13h30, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) vai liderar assembleia com os metalúrgicos da Renault, em São José dos Pinhais, para propor o lockdown caso a empresa não volte a aplicar a quarentena.
Esta preocupação também será levada pelo SMC aos órgãos de saúde.
Segundo o Sindicato, várias denúncias de trabalhadores chegaram à entidade alertando falta de peças e produção com volume muito abaixo da média, não atingindo nem 10% do padrão.
“Não existe necessidade nenhuma de expor os trabalhadores, principalmente numa situação dessa, onde há ociosidade e baixíssimo nível de produção. A Renault está indo na contramão do que outras empresas estão fazendo, de forma gradual para evitar aglomeração no chão de fábrica. Ou seja, a empresa não adotou um planejamento coerente e coloca os metalúrgicos em alto risco de contaminação”, ressalta o presidente do SMC, Sérgio Butka.
O SMC está acompanhando esta situação na porta de fábrica e também através de denúncias recebidas pelos dirigentes sindicais desde o retorno dos cerca de 6 mil trabalhadores na última segunda-feira (04).
Pressão e redução salarial
Além do perigo da aglomeração diante da pandemia do coronavírus, muitos trabalhadores denunciaram ao Sindicato a tentativa da empresa em reduzir salários através de acordo individual baseado na MP 936 do governo federal. Eles alegam também pressão com ameaças de demissão.
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