
Covid-19: Força-PR ameaça sair do Conselho Estadual do Trabalho se não for criado comitê focado na prevenção dos trabalhadores
Caso o governo estadual não crie um comitê tripartite para debater estratégias de segurança para os trabalhadores na pandemia da Covid-19, a Força Sindical do Paraná vai anunciar a saída do Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda (CETER). O prazo termina na próxima quarta-feira (8), data prevista para nova reunião do CETER.
Este órgão é composto por governo estadual, empresariado e centrais sindicais para debater políticas de trabalho, emprego e renda no Paraná.
A ameaça da entidade, que representa cerca de 1 milhão de trabalhadores no estado, deve-se a promessa não cumprida feita pelo governo a central em criar o comitê solicitado pelos dirigentes sindicais através de oficio há mais de 90 dias.
A intenção era analisar caso a caso no setor industrial e da construção civil para manter operando apenas as empresas que fossem efetivamente essenciais no suporte à população neste período.
A preocupação da Força-PR naquele momento, em que a pandemia ainda apresentava baixos índices no estado, era justamente evitar os números que o Paraná apresenta atualmente. Na publicação do decreto estadual publicado nesta terça (1) com medidas mais restritivas de combate ao coronavírus o Paraná já somava 636 mortes 22.623 casos da Covid-19.
O presidente da Força-PR, Sérgio Butka, alerta que esse aumento também é um reflexo da mudança de foco das autoridades. “Vivemos hoje o caos, consequência do olho político dos prefeitos nas eleições municipais. Estão mais preocupados em manter seus cargos. Da mesma forma os industriais em manter as suas indústrias. Este é o resultado de quem pensa primeiro no interesse próprio, na economia e que não pensa na saúde nem na prevenção”, diz Butka.
Em relação ao CETER, ele ainda reforça que “de nada adianta participar de um Conselho se não tiver voz ativa. É uma perca de tempo para nós. Precisamos de urgência nesta pandemia. É muito melhor procurar outros caminhos que nos possibilitem lutar de forma efetiva pela prevenção dos trabalhadores no estado”.
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