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TSE abre inquérito e inclui Bolsonaro em investigação no STF por ataques mentirosos às urnas eletrônicas

conduta do presidente Jair Bolsonaro de atacar o sistema eleitoral brasileiro ganhou uma resposta prática, nesta segunda-feira, do Judiciário. Em medidas aprovadas por unanimidade na reabertura dos trabalhos neste semestre, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu abrir um inquérito administrativo por suspeita de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude, abuso do poder político ou uso indevido dos meios de comunicação social, uso da máquina administrativa e propaganda eleitoral antecipada. Além disso, o ministro Luis Roberto Barroso pediu a inclusão de Bolsonaro no inquérito das fake news, que já tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), pela transmissão nas redes sociais da última quinta-feira em que o presidente apresentou alegações sem fundamento e já rebatidas por diversos órgãos, incluindo o TSE, contra o voto eletrônico. O pedido também foi aprovado por todos os sete ministros da corte eleitoral.

As duas medidas foram tomadas no dia em que o Judiciário decidiu bater com força no presidente, com a reabertura dos trabalhos deste semestre. Mais cedo, o presidente do STF, Luiz Fux, já havia feito uma forte defesa do sistema eleitoral e criticou atitudes que “corroem sorrateiramente os valores democráticos” consolidados no país. À noite, foi a vez de Barroso, presidente do TSE, apontar ameaças ao sistema político. “Há coisas erradas acontecendo no país e todos precisamos estar atentos”, afirmou, no discurso de abertura dos trabalhos no tribunal eleitoral.

Sem citar o nome de Bolsonaro, Barroso rebateu detalhadamente as informações falsas apresentadas pelo presidente durante a live, dizendo com isso apelar para “pessoas de boa-fé”. Afirmou, por exemplo, que até a adoção das urnas eletrônicas, em 1996, o Brasil vivia uma história de fraude eleitoral sistemática, em que fiscais eleitorais até “comiam votos durante a apuração”. Elencou as dificuldades que o retorno das cédulas ou comprovantes de papel trariam para o processo, com o transporte e o armazenamento de urnas em locais remotos, passíveis de roubos. “Seriam 150 milhões de votos transportados num país das milícias e de roubos de carga”, disse.

Fez ainda uma provocação ao explicar por que outros países não implantaram o sistema de voto eletrônico. “São países que não tiveram os problemas que nós tivemos com o coronelismo, com o voto de cabresto, com a compra de votos, com o mapismo [alteração de resultados], com eleição a bico de pena”, declarou, acrescentando: “Voto impresso nas condições brasileiras atuais será uma porta aberta para a quebra do sigilo do voto. Vamos incentivar o coronelismo e a milícia”, afirmou.

Fonte:El País

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