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Campanha Salarial no setor de máquinas já tem mobilização de trabalhadores em greve pela data-base e PLR

A Campanha Salarial do setor de máquinas dos metalúrgicos de Curitiba e Região Metropolitana iniciada no dia 2 de agosto e focada na negociação do acordo de data-base diretamente com as empresas está a todo o vapor. Um bom exemplo é a greve dos cerca de 50 trabalhadores da empresa Omeco, situada na Cidade Industrial de Curitiba(CIC), iniciada na quinta-feira passada, 26 de agosto. 

A decisão tomada em assembleia liderada pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) é uma resposta dos metalúrgicos à postura da empresa em recusar a negociação direta com o Sindicato para esperar o Sindimaq (sindicato patronal).  O SMC também lidera mobilização com trabalhadores de outras empresas, a exemplo da Maclinea, Oregon Tool e Trützchler, todas elas situadas na CIC. 

A linha adotada na Omeco é um reflexo da falta de diálogo por parte das empresas do setor, que há dois anos não fecham a Convenção Coletiva de Trabalho com o Sindicato. O resultado acaba refletindo tanto no bolso do metalúrgico quanto nas condições de trabalho. Entre as questões levantadas pelos trabalhadores estão vale-mercado baixo e também a cobrança sobre equipamentos de proteção.

Em contrapartida o SMC já apresentou para trabalhadores do setor a pauta de reivindicações aprovada no dia 2 de agosto, que engloba entre outros itens: aumento real conforme previsão do PIB para 2021(2%), reajuste salarial sem teto, parâmetro para todas as faixas salariais, vale-mercado, vale-refeição, PLR, vale combustível e ajuda no home-office. 

“Nossa luta é para recuperar a perda salarial que o trabalhador tem enfrentado em sua renda nesse tempo de pandemia e crise econômica. Entendemos que é um tempo difícil para todo mundo, mas o trabalhador não pode pagar o preço. Além disso, é fato que a recuperação da economia passa pela valorização da mão de obra. Quanto mais dinheiro na mão do trabalhador, maior o consumo e a produção, gerando empregos. É vantajoso para trabalhadores, empresas e o país. Nessa luta, vamos exigir o reajuste para todas as faixas salariais da empresa, além de aumento real que seja baseado no mesmo índice do PIB”, ressalta o presidente do SMC, Sérgio Butka.

Bom momento
Essas dificuldades contrastam com o bom momento do setor de máquinas no país. Segundo a ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) o setor está em alta. De janeiro a julho, o crescimento foi de 22,3% sobre igual período do ano passado, no consumo interno. Já em relação às exportações, o saldo comercial do setor fechou julho com um aumento de 1,8% sobre junho, 49,7% de alta sobre julho de 2020 e acumula no ano alta de 11%.

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