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Palavra do Presidente

Metalúrgicos do Brasil batem o martelo: não vamos trocar direitos trabalhistas por contribuição sindical

Sérgio Butka - Presidente

Reunida na manhã desta segunda-feira(24), em São Paulo (SP), os sindicatos da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), que reúne os principais e maiores Sindicatos dos metalúrgicos do país, ratificaram que NÃO ACEITARÃO TROCAR DIREITOS POR CONTA DA MANUTENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL.

Essa é uma postura já adotada pelos Sindicatos do Paraná e que agora se torna nacional. É inadmissível a postura do governo em querer fazer chantagem com as entidades sindicais em troca de apoio para suas reformas. Se o governo pensa que usando dessa tática vigarista de ameaçar acabar com a contribuição sindical vai calar o movimento sindical, está muito enganado. A posição dos metalúrgicos é bem definida: vamos lutar contra todo tipo de política que tente  acabar ou diminuir os direitos trabalhistas, previdenciários e sociais da nação  brasileira. Esse tem sido ao longo de toda a  história do sindicalismo brasileiro o nosso único objetivo. E, se para manter esse objetivo for preciso pagar um alto preço, o movimento sindical vai pagar.  O governo que pegue a contribuição sindical e faça bom proveito. Não vamos aceitar chantagem.

O governo atual já completou um ano e até agora não adotou nenhuma medida efetiva para recuperar a economia nacional e os empregos. Estranhamente está gastando sola e mais sola de sapato para aprovar propostas que não terão nenhum efeito para a retomada econômica. Desafio o governo a provar que a flexibilização dos direitos trabalhistas vai acelerar a economia e vai gerar empregos. É só olhar  para o passado recente do país, quando se bateu recordes e mais recordes de produção e venda. A economia funcionou a pleno  vapor sem que os direitos trabalhistas fossem um empecilho.

A única justificativa para o empenho de Temer em querer diminuir os direitos da população é um só: atolado até o pescoço na Lava Jato, o governo quer  se salvar tentando agradar o sistema financeiro e a elite política e econômica do país, através do fim dos direitos da população. Para isso, criou um grande balcão de negócios, onde tem comprado deputados, negociado com a mídia e agora tentado CALAR O MOVIMENTO SINDICAL com a extinção da contribuição sindical.


Vai cair do cavalo, pois NÃO VAMOS NEGOCIAR CONTRIBUIÇÃO SINDICAL EM TROCA DE DIREITOS TRABALHISTAS. DIA 28 DE ABRIL É PARALISAÇÃO GERAL PARA DEFENDER OS DIREITOS DE NOSSOS FILHOS E DO FUTURO DO BRASIL.

Sérgio Butka
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, da Federação dos Metalúrgicos do Paraná (Fetim) e da Força Sindical do Paraná.
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