Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda define novo piso mínimo regional, que segue como maior do Brasil
Valores foram definidos nesta sexta(17/01) na sede do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba com base na política de valorização do salário mínimo. Resolução será encaminhada para a sanção do governador do estado, Ratinho Junior
Após vários debates, o Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Renda (CETER), formado por representantes das centrais sindicais, empresariado e governo do estado, definiu na manhã desta sexta (17/01), o novo reajuste das faixas salariais do piso mínimo regional. Ele atende categorias que não tem acordos ou convenções coletivas de trabalho ou que não possuem organização sindical.
As faixas salariais, definidas com base na política nacional de valorização do salário mínimo implantada em 2023, mantém o mínimo do Paraná como o maior do país.
A resolução segue agora para sanção do governador do estado, Ratinho Junior.
Na reunião, realizada na sede do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (filiado à Força Sindical do Paraná), os membros do CETER entraram em consenso, com as seguintes faixas salariais;
GRUPO I
Trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca
R$ 1.984,16 (reajuste de 6,85%, aumento real de 1,99%%)
GRUPO II
Trabalhadores de serviços administrativos, trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados e trabalhadores em reparação e manutenção
R$ 2.057,59 (reajuste de 6,78%, aumento real de 1,91%)
GRUPO III
Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais
R$ 2.123,42 (reajuste de 6,71%, aumento real de 1,85%)
GRUPO IV
Técnicos de nível médio
R$ 2.275,36 (reajuste de 6,58%, aumento real de 1,73%)
“Mais uma vez conseguimos com muito esforço, manter os ganhos reais em todas as faixas salariais, até porque nós como representantes dos trabalhadores, buscamos sempre avançar nos valores a cada ano”, destacou o presidente do CETER e representante da Força Sindical do Paraná, Paulo Pissinini.
“O piso mínimo regional do Paraná influencia bastante a negociação de muitos Sindicatos. Vários setores se baseiam nos valores definidos pelo piso regional e pelo reajuste concedido. Com um piso maior, as pessoas têm uma renda maior, o que aumenta o consumo e gera um ciclo virtuoso na economia”, analisou o economista e supervisor técnico do DIEESE-PR.
“É importante destacar a continuidade da fórmula da política de valorização do salário mínimo nacional. Isso significa mão de obra valorizada e transforma o mínimo regional do nosso estado como referência para as negociações salariais de várias categorias do Brasil”, ressaltou o presidente da Força Sindical do Paraná, Sérgio Butka.
Iniciativa das centrais sindicais e maior do Brasil
Proposta das Centrais Sindicais, o Piso Regional do Paraná foi instituído em 2006, pelo então governador Roberto Requião e, desde então, tem se mantido como o maior do país, sendo uma referência para as categorias que não tem acordos ou convenções coletivas de trabalho ou para categorias que não possuem organização sindical.
Conselho tripartite e paritário
Antes do mínimo regional chegar às mãos do governador do estado para sanção, ele passa por um longo debate através da visão dos 18 membros do CETER, sendo 6 representantes dos trabalhadores, 6 do empresariado e 6 do governo do estado. Essa atuação tripartite e paritária é a base principal do CETER, criado em 1994 e ligado à Secretaria Estadual do Trabalho. O CETER conta também com o assessoramento de 3 órgãos nas negociações a respeito da política de valorização dos pisos salariais. São eles: Superintendência Regional do Trabalho(SRTE-PR), Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social(Ipardes) e Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas(DIEESE).
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