A Força Sindical do Paraná repudia de maneira veemente a  Proposta de Emenda à Constituição 186 , a chamada PEC Emergencial (PEC 186\2021), do governo federal que vincula a aprovação do auxílio emergencial à desvinculação orçamentária  da saúde e da educação. Tirar a obrigatoriedade do investimento mínimo nessas duas áreas para conceder o auxílio é desvestir um santo para vestir outro.  Aprovar  a PEC do jeito que está é condenar  a população ao risco de ver os investimentos na saúde e educação congelados para sempre, pois todo o orçamento nessas areas passarão a depender da vontade do governo e não mais da força da lei que garante que esses investimentos devem ser feitos.  

A tentativa do governo em tentar se aproveitar do desespero da população mais vulnerável para alterar a Constituição para poder botar as mãos nas verbas da saúde e da educação e torrar como bem quiser é vergonhosa.  Dizemos não a essa proposta. Ao invés de querer usar o auxílio emergencial como moeda de troca para desmontar toda a rede de proteção social previsto na Constituição Federal, o governo que use o dinheiro das reservas internacionais ou a sobra de caixa dos bancos parados no Banco Central. Segundo o Movimento Auditoria Cidadã da Dívida Pública,  esses recursos chegam a ordem de R$ 5 trilhões que estão parados na gaveta rendendo juros para os bancos às custas da população. Dinheiro que pode ser usado para diminuir as dificuldades da pandemia, mas que o governo faz vista grossa para proteger seus pares. Uma vergonha. 

Auxílio Emergencial sim! É uma bandeira puxada pelas  Centrais Sindicais desde o começo da pandemia! Mas não às custas da saúde e da educação. 

SÉRGIO BUTKA
PRESIDENTE DA FORÇA SINDICAL DO PARANÁ, DO SINDICATO DOS METALÚRGICOS DA GRANDE CURITIBA E DA FEDERAÇÃO DOS METALÚRGICOS DO PARANÁ